Torcedores dizem que jogo de abertura foi organizado, mas reclamam de filas

15/06/2013 - 20h44

Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A organização dentro do Estádio Nacional Mané Garrincha foi observada com atenção pelos torcedores que assistiram hoje (15) ao jogo de abertura da Copa das Confederações, entre o Brasil e o Japão. No momento da saída, a inesperada chuva que caiu em Brasília tornou mais complicada a caminhada até os estacionamentos e pontos de ônibus. A distância do estádio até a Torre de TV, de onde saíam os ônibus, era cerca de 1,5 quilômetro (km) e até o estacionamento onde era possível encontrar táxis, era 1,8 km.

Apesar disso, os torcedores consideraram o evento organizado. “Tinha muitos bares, tudo funcionando, muito limpo, inclusive os banheiros”, disse Frederico Mares Guia, que assistiu ao jogo com a mulher, Luciana.

Assim como ele, o analista de sistemas Athos Leon também gostou da organização do estádio, mas achou que a venda de bebidas deixou a desejar. “Tinha muita demora nos bares, filas gigantes. Mas a organização foi boa no resto”, comentou à saída.

A insatisfação com a venda de bebidas e de comidas também foi sentida pelo torcedor Valdison Júnior. Acompanhado de um grupo de amigos que consideraram os serviços bons de maneira geral, ele reclamou do atendimento nos bares. “Acabou a comida e a bebida no primeiro tempo. Além disso, tinha muita fila”.

A maioria dos torcedores viu a manifestação de estudantes em frente ao Estádio Nacional Mané Garrincha, que começou antes do jogo e durou até o fim da partida. Athos Leon contou que chegou a ouvir alguns barulhos do lado de fora do estádio, mas não tinha noção de que era um confronto entre a polícia e os manifestantes.

Frederico Mares Guia e Luciana também disseram ter visto os manifestantes quando chegaram ao estádio, mas não sabiam que foram usadas bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha pela polícia. Para Frederico, aquele não era o melhor momento para manifestações porque se tratava de um dia de festa. “Eles poderiam ter vindo se manifestar antes. Acho que para tudo tem o momento certo”.

Quando os torcedores começaram a sair do estádio, a polícia e a Tropa de Choque ainda formavam um cordão de isolamento no local, mas os manifestantes já tinham se afastado. Com as principais vias bloqueadas para o trânsito de veículos no entorno do evento, as pessoas puderam seguir sem empecilhos.

Edição: Graça Adjuto

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