Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Duas grandes filas se formaram hoje (15) no centro de distribuição de ingressos da Copa das Confederações em Brasília, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Segundo a Federação Internacional de Futebol (Fifa), 4.950 ingressos, dos 64.721 vendidos para o jogo de abertura entre o Brasil e o Japão, a ser realizado às 16h, ainda não haviam sido retirados até a noite de ontem.
Para quem agendou a retirada no site, a espera na fila pode durar mais de uma hora. Para aqueles que não agendaram, esse tempo pode ser multiplicado por três. Às 14h25 tem início a cerimônia de abertura.
Os torcedores que vieram de outros estados reclamaram da falta de locais para retirar os ingressos em outras cidades. O sol forte e a longa distância para pontos de venda de água tornam a espera mais desconfortável. “A gente fica no sol duas horas, sem água, comida, poderia ter um centro de retirada nas principais cidades, pelo menos”, reclamou Jonas Rastelli, que veio de São Paulo apenas para o jogo de abertura. Ele ainda assistirá à final, no dia 30 de junho, no Maracanã.
O sul-mato-grossense Bruno Amado chegou às 10h de Campo Grande e disse que Brasília deveria ter mais locais para a retirada de ingressos. Ele ainda ficará na cidade até terça-feira (18) para passear. Silvio Eichele, que veio de Caçador (SC) e ainda vai a outro jogo, em Salvador, também reclamou da quantidade de locais para a retirada de ingressos.
Marco Aurélio Gontijo veio de Araguaína (TO) e disse que fez o agendamento pela internet assim que foi aberto. Apesar de ter vindo preparado para esperar, ele acreditava que a fila seria menor. “Achei que ia ter [fila], mas não deste tamanho. Estou aqui há meia hora e ainda falta muito para entrar”, disse, a vários metros da entrada do centro para a retirada de ingressos.
Apesar da proibição de venda informal de bebidas e alimentos em num raio de dois quilômetros do estádio, alguns ambulantes tentaram aproveitar os altos preços cobrados pelos vendedores oficiais e a ausência de postos de venda nas proximidades da fila para oferecer água e refrigerante a quem esperava. Enquanto o preço oficial de uma garrafa de água de 500 mililitros é R$ 6, os ambulantes comercializavam por R$ 2,50, com direito à pechincha do freguês.
Ao perceber a presença dos vendedores informais próximos às filas, agentes da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) os abordaram e pediram que se encaminhassem ao Parque da Cidade, local mais próximo em que o trabalho dos ambulantes é permitido.
Edição: Graça Adjuto
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