Policiais civis fazem manifestação na Avenida Paulista por reposição salarial

11/06/2013 - 20h05

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Policiais civis de São Paulo fizeram hoje (11) uma manifestação no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) reivindicando, principalmente, reposição salarial, aposentadoria especial e reestruturação das carreiras policiais. A categoria ameaça entrar em greve a partir de agosto caso o governo não abra negociação. O protesto, que começou por volta das 15h, foi pacífico e fechou apenas uma das faixas da Avenida Paulista, sentido Paraíso-Consolação, em frente ao Masp.

“Este ato é o início de uma mobilização contra a atual situação caótica em que se encontra a segurança pública no estado de São Paulo. Encaminhamos vários ofícios ao governo para nos receber e não tivemos nenhuma resposta”, disse João Rebouças, presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo.

O ato dos policiais civis também teve a participação de representantes da Associação dos Oficiais da Polícia Militar de São Paulo, da Associação dos Praças da Polícia Militar e de policiais da reserva. “Acredito que a reivindicação da Polícia Civil também é a da Militar”, disse Geraldo do Espírito Santo Neto, diretor da Associação dos Praças.

No próximo dia 5 de julho, os policiais civis deverão se reunir no Sindicato dos Bancários para elaborar um plano de propostas que será encaminhado ao governo do estado. “Se até 31 de julho ele [governo] ignorar [as reivindicações], aí então haverá greve”, disse Rebouças.

Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria de Segurança Pública ainda não se pronunciou sobre a manifestação dos policiais civis.

Além da manifestação dos policiais civis, a Avenida Paulista foi tomada hoje (11) por mais dois atos de protesto: o dos servidores da área da saúde do estado e do movimento pelo passe livre, que, neste momento, ocupa parte da Avenida Paulista.

A manifestação dos servidores da saúde ocorreu ao mesmo que a dos policiais civis. Os servidores reivindicam 32,2% de reposição de perdas salariais dos últimos cinco anos e aumento no auxílio-alimentação (para R$ 26,22). Eles estão parados há 42 dias. Parte dos manifestantes está desde a semana passada acampada na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Segundo Gervásio Foganholi, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde do Estado de São Paulo (SindSaúde-SP), 32 unidades de saúde em todo o estado estão paradas, incluindo hospitais.

A Secretaria Estadual de Saúde informou, por meio de nota, que vem promovendo “uma política consistente de valorização dos servidores da saúde”, que não tem sido reconhecida pelo sindicato. A secretaria disse ainda que mantém negociação com o SindSaúde, mas que determinou o corte do ponto dos funcionários que aderiram à greve em todo o estado. “Apenas quatro das 203 unidades estaduais de saúde foram afetadas e, mesmo assim, de forma parcial”. A secretaria também informou que pretende fazer um mutirão de saúde para atender aos pacientes prejudicados pela greve.

 

Edição: Aécio Amado

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