Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Parte dos manifestantes contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo, que fazem um protesto confrontando a com a Polícia Militar (PM) desde o início da tarde, se escondeu no Shopping Pátio Paulista, no início da Avenida Paulista, para fugir da repressão policial. A PM cercou o centro comercial e até as 21h40 esperava a saída do grupo.
Ao entrar no local, os manifestantes quebraram o para-brisa de um carro que estava exposto no shopping e o letreiro de uma loja. A polícia chegou a atirar gás na porta do estabelecimento. A repressão policial à manifestação começou no Vale do Anhangabaú, quando o grupo queimou três catracas de papelão e cones de sinalização.
Um líder do Movimento Passe Livre, entidade que organizou o protesto, que se identificou apenas como Marcelo, atribuiu à ação policial o fato do protesto ter fechado por alguns instantes a Avenida 23 de Maio. No tumulto, passageiros do Terminal Bandeira e da Estação Anhangabaú do metrô também foram atingidos pelo gás lacrimogênio disparado pela polícia.
A PM ainda não se pronunciou sobre a ação ou sobre o número de prisões. O presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo, está entre os detidos.
No trajeto entre o Vale do Anhangabaú e o Shopping Pátio Paulista, passando pelas avenidas Nove de Julho e Paulista, pelo menos duas viaturas da São Paulo Transportes (SPTrans) e duas bancas de revistas foram depredadas. Ambas as avenidas tiveram o transito interrompido. No caminho o grupo foi perseguido pela Tropa de Choque da PM.
O ato de hoje estava programado para ser o primeiro de uma série de protestos contra o aumento no preço das passagens que começou a vigorar no início da semana, passando de R$ 3 para R$ 3,20.
Edição: Fábio Massalli
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