Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Com a finalidade de defender o meio ambiente e denunciar as remoções ilegais no estado, representantes de entidades da sociedade civil se reuniram hoje (6), nas escadarias da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), contra os megaempreendimentos construídos visando à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas de 2016.
Casos como o da Aldeia Maracanã, no antigo Museu do Índio, ao lado do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã; da retirada de 621 famílias do terreno do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, no Horto, zona sul carioca; da comunidade Vila Autódromo, em Jacarepaguá, que está sendo removida para a construção da Vila Olímpica, fazem parte de um dossiê que foi entregue ao presidente da Alerj, deputado Paulo Melo.
De acordo com o ecologista da Rede Brasileira de Justiça Ambiental, Sérgio Ricardo de Lima, cerca de 10 mil pessoas foram removidas de suas moradias, na capital fluminense, em função dos megaeventos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas.
“Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, não temos o que comemorar, porque o que temos registrado é um grande número de remoções de quilombolas, pequenos agricultores e pescadores de suas comunidades”, disse.
Ele criticou a Secretaria de Estado do Ambiente por conceder licenças a esses grandes empreendimentos. “Sob o ponto de vista técnico, elas [licenças] são ilegais. A denúncia será encaminhada a ONU [Organização das Nações Unidas e ao STF [Supremo Tribunal Federal], ressaltou. Até o fechamento da matéria, a secretaria não se manifestou sobre as críticas feitas pelo ambientalista.
Edição: Aécio Amado
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