Prefeitura do Rio cogita reforma no Estádio Moça Bonita caso Engenhão continue interditado

05/06/2013 - 14h11

Vinícius Lisboa
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Com a interdição do Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, e o alto custo para realização de jogos no Maracanã, os times do Rio podem ganhar uma nova opção de arena para partidas menores dos campeonatos Brasileiro e Carioca. Sem revelar detalhes, o prefeito Eduardo Paes antecipou hoje (5) que o Estádio Moça Bonita, do Bangu, pode ser reformado e ampliado se a interdição do Engenhão levar "mais tempo do que gostaria".

"Meu sonho de consumo era dar uma reformada em Moça Bonita, o que pode até ser uma iniciativa que eu tome, dependendo do que vier como opção para o Engenhão, se demorar tempo demais", disse o prefeito que pediu aproveitou para pedir compreensão da diretoria do Vasco da Gama. "A gente tem que ter a boa vontade do Vasco. São Januário precisa ser entendido como um estádio da cidade."

O prefeito acredita que o funcionamento do Engenhão é fundamental para a sustentabilidade do Maracanã, onde jogos com público pequeno causariam prejuízo. "Pelo que conheço do modelo do Maracanã, ele nem pode receber muito jogo e vai sofrer uma pressão para que tenha mais jogos do que deveria ter. Um estádio daquele tamanho, com aquelas condições e com aquela sofisticação, toda vez que abre para um jogo de 5 mil ou 10 mil pessoas tem prejuízo."

Paes prevê para a próxima semana um posicionamento oficial sobre o que ocorrerá com o Engenhão. O estádio está interditado desde março por problemas estruturais na cobertura, apontados em um relatório da empresa alemã SBP. O documento concluiu que há risco de desabamento sob ventos de mais de 63 quilômetros por hora.

O prefeito afirmou que começou a receber, esta semana, relatórios técnicos mais concretos e que, nos próximos dias, a população receberá informações sobre o que será feito no estádio. "Peço um pouco de racionalidade. Eu não fecho o Engenhão por prazer. Se tem algum risco, por menor que seja, nossa obrigação é não permitir que a população corra [esse risco]", disse Paes.

 

Edição: Lílian Beraldo

 

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