Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, comparou hoje (31) os avanços em vários países na América Latina, inclusive o Brasil, às mudanças provocadas pela queda do Muro de Berlim – uma barreira física, construída pela República Democrática Alemã (Alemanha Oriental), que circundava Berlim Ocidental, separando-a da Alemanha Oriental, e que começou a ser derrubada em novembro de 1989.
A queda do muro que dividia a Alemanha é compreendida por estudiosos como uma espécie de divisor de águas, pois encerrou a compreensão do mundo entre capitalistas e socialistas. A partir da queda do Muro de Berlim houve uma série de episódios que marcaram o fim dos governos socialistas, como a divisão da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), que era formada por 15 repúblicas.
“O que ele [Joe Biden] reiterou, pela primeira vez, a conclusão importante é que se pode contemplar uma América Latina, um hemisfério, como ele costuma dizer, que é democrático, que cresce, que é um grande feito e que gera elevadas expectativas, como as que surgiram na Europa, quando houve a queda do Muro de Berlim”, explicou o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.
O chanceler ressaltou que a presença de Biden durante três dias no Brasil é a confirmação de que os Estados Unidos dão o status de “parceiro estratégico” ao país. Patriota lembrou que, em outubro deste ano, a presidenta Dilma Rousseff fará uma visita de Estado aos Estados Unidos, situação considerada rara pelas autoridades norte-americanas.
Patriota destacou que, nas reuniões de que participou em Brasília, Biden conversou sobre investimentos, comércio, defesa, alta tecnologia, educação e ciência. “É um novo capítulo das relações bilaterais”, disse o ministro. “Existe um sentimento de que essa agenda será aprofundada”, disse ele.
Em Brasília, o vice-presidente norte-americano manteve encontros com com a presidenta Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer, o chanceler Antonio Patriota, o ministro de Minas e Energia, Édison Lobão, e a presidenta da Petrobras, Graça Foster.
Edição: Nádia Franco
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