Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Corte Constitucional (o equivalente à Suprema Corte) da Guatemala anulou a sentença de 80 anos de prisão contra o ex-ditador guatemalteco Efraín Ríos Montt (1982-1983), de 86 anos, por genocídio e crimes de guerra. No último dia 10, o ex-presidente foi condenado a 80 anos de prisão – 50 pelo massacre de povos indígenas e 30 anos por crimes contra a humanidade e de guerra. Foi determinado um novo julgamento.
Rios Montt governou a Guatemala em um dos períodos mais violentos da longa guerra civil, que durou 16 anos (1960-1996). O ex-presidente, que é general da reserva, cumpre prisão domiciliar e começou a ser julgado em meados de março pela morte de cerca de 771 indígenas da etnia Ixil, na região de Quiche, no Norte do país.
A anulação da sentença, segundo a Corte, foi provocada por erros cometidos durante o julgamento. Os advogados de defesa do ex-presidente argumentaram, em recursos interpostos, que houve equívocos no julgamento. A Suprema Corte da Guatemala aceitou os argumentos do advogado Francisco García, defensor de Ríos Montt.
*Com informações da agência pública de notícias da Guatemala, AGN.
Edição: Graça Adjuto