Odebrecht critica relação entre governo e Congresso na votação da MP dos Portos

14/05/2013 - 17h17

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro- O presidente do Conselho de Administração do Grupo Odebrecht, Emílio Odebrecht, criticou hoje (14) o impasse entre o Executivo e o Congresso Nacional para a aprovação da Medida Provisória 595, a MP dos Portos, que estabelece marco regulatório para o setor portuário. Segundo o empresário, a relação entre os dois Poderes precisa ser repensada.

“Todos que têm responsabilidade com o futuro do país devem verificar e fazer um diagnóstico do que está existindo para realmente melhorar essa relação entre o Executivo e o Congresso, para que as coisas possam ter outra fluência nas soluções”, disse o empresário. O grupo é dono do terminal portuário Embraport, um dos maiores no Porto de Santos (SP).

Em entrevista à imprensa após o 25º Fórum Nacional, Odebrecht disse que a MP é importante para destravar investimentos privados no setor, mas exigi uma “ajuda” de todos para se chegar a um consenso entre o Executivo e os parlamentares, que apresentaram emendas ao texto do governo. Na avaliação do empresário, a aprovação da medida é incerta.

“Ela [a MP] não vai [ser aprovada], mas o governo está disposto a encontrar soluções para viabilizar o processo. A intenção do governo é a melhor possível. Agora, está pecando no processo de gestão, de fazer as coisas acontecerem, em como fazer. Esse é o problema, mas vamos ajudar a sair desse imbróglio”, disse. “Vamos continuar lutando”, completou Odebrecht.

Participando do mesmo evento, o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, evitou comentar o tema. "Somos  favor do texto final, seja ele qual for", disse. "Tem que ter uma definição, não importa de quem seja", acrescentou.

Edição: Carolina Pimentel//Matéria alterada às 17h09 para correção de informação. Emílio Odebrecht é presidente do Conselho de Administração do Grupo Odebrecht, e não presidente da empresa, como informado anteriormente

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil