Ivan Richard e Daniel Lima
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, acredita que os números do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre deste ano serão melhores do que os apresentados no mesmo período de 2012.
“Não sabemos exatamente quanto. Temos ainda o resultado da produção industrial que foi 0,8% de crescimento no trimestre. É bom, podia ser melhor, mas representa um crescimento anual de 3%”, disse.
O ministro destacou ainda que a agricultura teve desempenho muito bom nos três primeiros meses do ano, com crescimento muito maior do que 2012, e ressaltou que os investimentos têm crescido fortemente.
Mantega se reuniu hoje (9) com a bancada do PT na Câmara, quando discutiu vários temas ligados à política econômica do governo.
De acordo com o último boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, a estimativa de analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) para o crescimento da economia – Produto Interno Bruto (PIB) – este ano está em 3%, há três semanas seguidas. Para 2014, segue a mesma estimativa (3,5%), há sete semanas consecutivas.
“Não sabemos ainda como foi o crescimento do setor de serviços. Então, não sabemos como foi o PIB, mas pelo que podemos verificar dos indicadores podemos ter um crescimento em relação ao trimestre passado”, avaliou Mantega que, embora preveja crescimento da economia, tem evitado fazer projeções numéricas.
Para o ministro, o Brasil está em uma trajetória de crescimento gradual e, ao longo do ano, haverá um pouco mais de números positivos da indústria, além dos investimentos que deverão melhorar. “Deveremos terminar o ano com um crescimento melhor do que no ano passado”, prevê. No ano passado, a economia brasileira cresceu apenas 0,9%.
Segundo o ministro, a trajetória de crescimento do país tem sido dificultada pelo cenário internacional. Ele lembrou que as economias avançadas estão paralisadas e muitas, em recessão, mas que o Brasil conseguiu criar as condições necessárias para o enfrentamento da crise.
“Temos um mercado interno mais forte. A massa salarial continua subindo, a inadimplência continua caindo e, portanto, nosso consumidor pode substituir o consumidor internacional. Estamos em uma trajetória de crescimento gradual na economia brasileira”, destacou.
Edição: Talita Cavalcante
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