Vinícius Lisboa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro- O corpo do ciclista Pedro Nikolay, de 31 anos, foi velado na manhã de hoje (1º) no Cemitério Memorial do Carmo, no Caju, e será cremado às 15h. O triatleta foi atropelado ontem (30) por um ônibus na orla de Ipanema, enquanto treinava com um grupo de mais 20 atletas.
O caso está sendo investigado pela 14ª Delegacia de Polícia (Leblon), e o motorista do ônibus, que prestou depoimento ontem, vai responder por homicídio culposo. Testemunhas dizem que ele avançou o sinal vermelho na esquina entre as avenidas Vieira Souto e Henrique Dumont, onde ocorreu o atropelamento.
Em outro ponto da cidade, na Avenida Radial Oeste, outro ciclista foi atropelado hoje por um carro, na Praça da Bandeira, enquanto seguia de Engenho de Dentro, na zona norte, para Copacabana. Alberto da Silveira Júnior, de 40 anos, participaria de um treino de natação e foi levado para o Hospital Souza Aguiar com ferimentos na cabeça e uma fratura no pé direito.
O empresário deve passar por uma cirurgia ainda hoje e será transferido. Sua mulher, Denise Charpenel, de 44 anos, que também é atleta, se queixa da falta de locais para a prática de esporte. "As ciclovias aqui no Rio são só para passeio. Os ciclistas têm de treinar de madrugada ou nas rodovias, convivendo com o desrespeito. Há uma falta de cultura de convivência com o ciclista", critica Denise, que conta que Alberto foi atropelado por um carro preto, que não parou para socorrê-lo.
Para pedir melhores condições para os ciclistas e respeito às leis de trânsito, manifestantes se reuniram de manhã na orla de Ipanema. Entre os presentes, havia parentes e amigos de Nicolay, além de outros ciclistas e pessoas que se sensibilizaram com a causa.
Edição: Graça Adjuto
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