Médicos fazem manifestação no Rio para pedir melhorias às operadoras de planos de saúde

25/04/2013 - 14h15

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde foi marcado por uma manifestação no centro da capital. Os profissionais de saúde não interromperam o serviço nos consultórios, clínicas e hospitais do estado.

As reivindicações da classe são o aumento do valor da consulta pago pelas operadoras. a equiparação dos valores de atendimentos e procedimentos médicos em enfermarias aos prestados em quartos individuais, e a aprovação do Projeto de Lei 6.964/2010, que prevê o reajuste anual nos contratos.

A presidenta do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), Márcia Rosa, informou que no fim do mês de maio os médicos vão suspender o atendimento a pacientes, caso as operadoras não façam propostas satisfatórias para a categoria.

"O plano que atende mal ao médico vai atender muito mal também à população. O médico é a ligação entre o paciente e a operadora. Nós cuidamos da saúde da população e, [por isso] precisamos ter uma remuneração de padrão elevado para desempenhar nossa função", disse.

Por meio de nota, a Agência Nacional de Saúde Suplementar informou que o atendimento à população não pode ser prejudicado e que o acesso aos serviços contratados pelo beneficiário deve ser garantido por sua operadora de plano de saúde.

"É vedada a cobrança de valores adicionais por consultas ou qualquer outra prestação de serviço que tenha cobertura obrigatória pelo plano contratado. Os serviços de urgência/emergência (devidamente classificados por profissionais médicos) devem ser garantidos aos beneficiários, não havendo justificativa legal para a suspensão de atendimento nestes casos", diz a nota.

Além do reajuste adequado dos valores das consultas, os médicos também cobram uma resposta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre as propostas de cláusulas obrigatórias a serem inseridas nos contratos entre médicos e planos de saúde, apresentadas pelos médicos em abril do ano passado. O apoio ao Projeto de Lei 6.964/2010, que trata da contratualização e da periodicidade de reajuste dos honorários, também está na pauta de reivindicações.

Edição: Tereza Barbosa

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