Leandra Felipe
Correspondente da Agência Brasil/EBC

Bogotá - Na véspera da posse do presidente eleito Nicolás Maduro, a Venezuela se divide entre protestos e manifestações de apoio ao herdeiro de Hugo Chávez, morto no último mês de março. Hoje (18), pela quarta noite seguida, os eleitores de Henrique Capriles, candidato derrotado, promovem um panelaço em algumas regiões de Caracas, exigindo a recontagem de votos pelo Conselho Nacional Eleitoral. Por outro lado, os eleitores de Maduro soltam fogos de artifício.

Os fogos são uma iniciativa do Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv) e são um chamado à paz no país. O governo venezuelano prometeu combater com rigor as ações violentas, e responsabiliza Capriles pela morte de oito pessoas, chamadas hoje por Maduro de “heróis”.

O canal estatal Telesur noticiou que três casas da Grande Missão Vivenda, programa de moradias populares, foram incendiadas hoje por um grupo supostamente ligado ao governador Henrique Capriles. Nicolás Maduro disse que o governo agirá com “mão firme” para conter os protestos e a perturbação da ordem pública.

Pelo Twitter, Capriles vem pedindo manifestações pacíficas e acusa o governo de estar usando infiltrados para provocar atos de vandalismo a fim de incriminar a oposição. “Não caiam em provocações”, disse o oposicionista.

No ambiente da rede mundial de computadores, internautas fazem campanhas de apoio a Maduro e a Capriles e disputam a liderança da lista de temas mais comentados no Twitter com expressões como “Maduro é meu presidente” ou “Venezuela pede recontagem dos votos”. Os eleitores comemoram quando conseguem ultrapassar o lado adversário.

Maduro enfrenta a oposição, liderada pelo candidato derrotado nas eleições e governador de Miranda, Henrique Capriles, que pede a recontagem dos votos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Nessa quarta-feira (17), o oposicionista pediu formalmente a recontagem de votos ao CNE. O Conselho não se pronunciou ainda se irá fazer uma recontagem dos votos. O Tribunal Superior de Justiça do país informou que isso não pode ser feito.

Nicolas Maduro viajou a Lima para a Cúpula Extraordinária da União da Nações Sul-Americanas (Unasul), que se reúne esta noite para tratar da situação política na Venzuela.

Edição: Aécio Amado

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