Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O novo julgamento do ex-presidente do Egito Hosni Mubarak, de 84 anos, ocorre no dia 13 (sábado) na Academia de Polícia do Cairo, a capital egípcia. Mubarak foi condenado, em primeira instância, à prisão perpétua. Com problemas de saúde, o ex-presidente, que governou o país por 30 anos, irá a julgamento ao lado dos filhos Alaa e Gamal e de antigos colaboradores.
Mubarak, os filhos, o empresário Hussein Salem, que está foragido na Espanha, e ex-colaboradores, inclusive o ex-ministro do Interior Habib El Adli, são acusados de cumplicidade em assassinatos e ameaças a manifestantes que protestavam contra o governo no Cairo, em Alexandria, Suez e outras províncias, no período de 25 a 31 de janeiro de 2011.
Alaa e Gamal são acusados também de corrupção, assim como o pai. O empresário Hussein Salem será julgado à revelia. O julgamento, em agosto de 2011, foi o primeiro de um dirigente que deixou o poder pela pressão popular durante a chamada Primavera Árabe.
Mubarak compareceu ao julgamento em uma maca, dentro de uma espécie de cela. O ex-presidente está em um hospital militar do Cairo. O presidente do Egito, Mouhamed Mursi, prometeu que mais envolvidos em mortes de manifestantes vão ser julgados. Mursi enfrenta uma crise política e econômica, assim como confrontos violentos entre manifestantes e policiais e distúrbios entre muçulmanos e cristãos coptas (igreja cristã nacional do Egito).
*Com informações da agência pública de notícias de Angola, Angop.
Edição: Graça Adjuto