Leandra Felipe
Correspondente da Agência Brasil/EBC
Bogotá - Faltando quatro dias para as eleições presidenciais na Venezuela, a situação no país acusa a oposição de um suposto “plano desestabilizador” para não reconhecer os resultados das urnas no próximo domingo (14), em caso de derrota de Henrique Capriles, para o candidato do governo, Nicolás Maduro. A informação foi divulgada hoje (10) por Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional e vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), partido de Maduro.
Segundo Cabello, o plano da oposição seria “não reconhecer o resultado das eleições”. Ele apresentou informações de correio eletrônico de assessores de campanha de Capriles, onde a intenção é revelada. A denúncia foi direcionada a Armando Briquet, ex-chefe de campanha e assessor de Capriles. Em um e-mail enviado por Briquet, o assessor da oposição teria escrito: “Necessitamos de tudo o que foi exposto em Washington para a revisão do comando. É necessário todo documento exposto internacionalmente se o caminho tomado for o desconhecimento dos resultados”, detalhou o texto apresentado por Cabello.
O presidente da Assembleia Nacional não mencionou como teve acesso à informação, mas disse que a denúncia foi apresentada para garantir a paz durante as eleições. Além da apresentação do e-mail, Cabello mostrou uma conversa gravada por um motorista do candidato da oposição que dizia: “Aqui dizem que ele [Capriles] não vai reconhecer se perder”.
A oposição não se pronunciou sobre os e-mail e o áudio do suposto motorista de Capriles, mas o candidato oposicionista disse nesta terça-feira (10), que não assinaria o documento de reconhecimento dos resultados eleitorais. “Senhores reitores do Conselho Nacional Eleitoral, eu não tenho que assinar nada”, disse.
Edição: Fábio Massalli
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