Polícia Civil desarticula quadrilha acusada de fraudar seguro de trânsito

04/04/2013 - 17h26

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Operação Assepsia prendeu hoje (4) 16 pessoas, entre elas 12 policiais civis, acusados de integrar uma quadrilha que fraudava documentos para receber parte do valor do seguro de Danos Pessoais Causados por Véculos Automotores Terrestres (Dpvat). A operação foi desencadeada pela Corregedoria Interna da Polícia Civil, nos municípios do Rio, de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Teresópolis.

Segundo o delegado responsável pela investigação, Gladston Galeano, o Ministério Público Estadual expediu 23 mandados de prisão e 66 de busca e apreensão. Os policiais que foram presos na ação trabalhavam com funcionários do Instituto Médico-Legal (IML) de Duque de Caxias e com advogados que tinham escritório na região.

"Nós desarticulamos uma quadrilha hoje que lesou muitas pessoas. O prejuízo é incalculável, eles tinham uma logística de trabalho muito bem combinada. A Polícia Civil atuou junto com os policiais de Itaboraí, que inicialmente detectaram o problema, o que permitiu dar início às investigações. Ainda estamos em busca de mais sete pessoas que estão foragidas", disse Galeano.

A polícia apreendeu documentos falsos, computadores, duas pistolas e três veículos que eram usados pelos criminosos. A ação contou com 30 delegados e 300 agentes, com 50 viaturas. A Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) também deu apoio à ação.

De acordo com a polícia, durante as investigações, iniciadas em setembro do ano passado, foram apreendidos mais de 400 laudos, todos feitos nos postos regionais de Polícia Técnica e Científica de Duque de Caxias, que seriam usados pelos criminosos para cometer a fraude. Com base nos exames, foram identificadas centenas de vítimas e, segundo um relatório inicial feito pelo Ministério Público, o prejuízo no pagamento do seguro pode chegar a R$ 1 milhão.

Edição: Tereza Barbosa

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil