Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro das Finanças do Chipre, Michael Sarris, renunciou hoje (2), depois de concluir as negociações relativas a um controvertido acordo de resgate financeiro. Sarris deve ser substituído pelo ministro do Trabalho, Haris Georgiades, segundo a imprensa local. Ele disse que decidiu renunciar após a notícia de que o presidente ordenou uma investigação judicial a respeito dos motivos que deixaram o Chipre em crise econômica.
Uma comissão formada por três magistrados aposentados da Suprema Corte investiga a origem da crise financeira na região. Há suspeitas de que tenha sido provocada por atos criminosos. "Acredito que, para facilitar o trabalho [dos investigadores], o certo é colocar minha renúncia à disposição do presidente da República. É o que eu fiz", disse o ministro demissionário.
Na tentativa de conter a crise, as autoridades do Chipre recorreram à União Europeia e ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Inicialmente, o pacote de resgate de 10 bilhões de euros, acordado pela União Europeia e pelo FMI, previa uma taxa sobre os depósitos bancários de todos os cipriotas, o que despertou protestos no país.
Uma revisão do acordo limitou a taxa aos correntistas com mais de 100 mil euros depositados no Banco do Chipre, que podem perder até 60% de suas economias. O governo cipriota disse que o presidente Nicos Anastasiades aceitou a renúncia de Sarris, que estava sob forte pressão por conta do acordo de resgate.
*Com informações da BBC Brasil
Edição: Davi Oliveira
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