Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Até maio, 10,4 mil mulheres deverão passar por testes para diagnosticar HIV e sífilis nos presídios paulistas. A iniciativa das secretarias de Estado da Saúde e da Administração Penitenciária começou em outubro e já atendeu a cerca de 5 mil presidiárias. O objetivo é conhecer o número de mulheres infectadas pelas doenças dentro do sistema prisional, além de dar orientações e assistência às presas.
Os dados levantados até o momento indicam uma prevalência entre as presidiárias de 4,8% para o HIV e 5,7% para a sífilis. A Secretaria de Saúde informa que a infecção por doenças sexualmente transmissíveis é maior entre encarcerados do que no restante da população.
A partir do levantamento, pretende-se, até 2015, implementar um projeto específico para atender às mulheres presas. Esse atendimento deverá melhorar a qualidade de vida dessas mulheres e reduzir a transmissão das doenças para filhos das grávidas infectadas.
“Esse levantamento tem como meta não só o conhecimento atualizado dos dois agravos nesse grupo populacional, mas, principalmente, estabelecer de maneira sustentável um sistema de referência para o adequado atendimento à saúde dessas mulheres”, diz a responsável pelo projeto, Luiza Matida.
Edição: Fábio Massalli
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