BNDES diz que alta de 39% nos desembolsos este ano indica retomada da economia

21/03/2013 - 16h09

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nos meses de janeiro e fevereiro deste ano somaram R$ 21,2 bilhões, de acordo com anúncio feito hoje (21) pela instituição. O aumento apurado na comparação com o primeiro bimestre do ano passado alcançou 39%.

Na avaliação do BNDES, os resultados positivos “refletem o conjunto de medidas de estímulo ao investimento adotado pelo governo”, indicando retomada da atividade econômica. Segundo informou o banco, a indústria puxou a expansão dos desembolsos no período, com alta de 112%. O setor respondeu por 32% das liberações, que totalizaram R$ 6,9 bilhões.

Os segmentos de máquinas e equipamentos, que tiveram incremento de 78%, e implementos agrícolas lideraram as liberações da linha de financiamento BNDES Finame, que atingiram R$ 10,2 bilhões, revelando elevação de 60% na comparação com os dois primeiros meses de 2012.

Entre as medidas destacadas pelo banco como responsáveis pela retomada da atividade econômica, estão ampliação da oferta de crédito, taxas de juros competitivas do Programa de Sustentação do Investimento (BNDES PSI) e além de desoneração tributária.

Somente os desembolsos do BNDES PSI atingiram R$ 11 bilhões nos dois primeiros meses do ano, informou o banco.

Outro fator que contribuiu para o desempenho do banco no período analisado  foi o segmento de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), que responderam por 47% das liberações totais da instituição no período, superando a participação das grandes empresas (45% do total).  

O BNDES avaliou que o valor desembolsado para esse segmento econômico (R$ 10 bilhões) foi recorde na análise bimestral para empresas de menor porte. O crescimento das liberações para as MPMEs alcançou 45,7%.

Edição: Davi Oliveira

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil