Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Secretaria de Meio Ambiente e a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) concluíram o trabalho de limpeza da Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul carioca, após a mortandade de 72 toneladas de peixes, iniciada na última terça-feira (12). A baixa oxigenação da água levou à mortandade de peixes, a maioria formada por savelas e sardinhas, mas também havia peixes nobres como robalos, linguados, corvinas e paratis - alguns deles com até 4 quilos.
Para o biólogo Mário Moscatelli, o problema pode ter sido provocado por problemas climáticos, devido à chuva que atingiu o Rio de Janeiro, ou por algum despejo irregular de esgoto.
Segundo Moscatelli, como a oxigenação da água da Lagoa Rodrigo de Freitas é monitorada frequentemente pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, poderia ter sido adotado um plano de contingenciamento,que consistiria no recolhimento do peixe vivo do espelho d'água para uma destinação mais nobre, que não o aterro sanitário. "Como 90% do peixe retirado da lagoa são formados por savelhas que não têm grande apelo comercial, o peixe poderia ter tido outro destino, como farinha, adubo, ração, diferente dolixo", disse.
Moscatelli disse que o ecossistema da Lagoa Rodrigo de Freitas é frágil e, além de ser cercado por uma malha urbana em seu entorno, ainda existem os fatores climáticos e o despejo irregular de esgoto que pode provocar à mortandade de peixes.
Essa é a segunda maior mortandade de peixes na lagoa. Em 2010, mais de 100 toneladas de peixes mortos foram retirados da água.
A Comlurb mantém hoje (17), no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas, uma equipe normal de varrição e no espelho d'água há um catamarã em caso de aparição de peixes mortos junto à vegetação de restinga. A companhia também não está mais lançando essência de eucalipto no entorno do parque, porque o cheiro forte de peixe morto desapareceu.
Edição: Fábio Massalli
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