Protesto pede justiça no caso de atropelamento que mutilou ciclista na Avenida Paulista

17/03/2013 - 13h10

Camila Maciel
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - Uma semana após o atropelamento que decepou um dos braços do ciclista David Santos, 21 anos, um protesto está marcado para hoje (17), às 16 horas,  na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista. Eles vão pedir justiça para o caso. Os manifestantes devem caminhar, carregando as bicicletas pela avenida até o local onde aconteceu o acidente, próximo ao Metrô Brigadeiro.

O motorista responsável pelo acidente, o estudante Alex Siwek, também de 21 anos, foi transferido na última sexta-feira (15) do 2º Distrito Policial, na região central de São Paulo, para o Centro de Detenção Provisória do Belém, na zona leste, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP).

O acidente aconteceu por volta das 5h30 do último domingo (10), quando Santos, que pedalava pela ciclofaixa de lazer instalada na Avenida Paulista, foi atingido por um carro dirigido em alta velocidade. O motorista fugiu do local e disse à polícia que jogou o braço de David, que segundo Siwek ficou preso no carro, em um córrego da Avenida Ricardo Jafet, na zona sul da capital. Ele foi indiciado por tentativa de homicídio, fuga de local de acidente, embriaguez ao volante e manobras perigosas.

Um balanço divulgado na última quarta-feira (13) pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informa que o número de mortes de ciclistas no ano passado aumentou 5,7%. Foram 52 vítimas do trânsito em 2012 ante 52 no ano anterior.

Também é alto o número de ciclistas que são internados em hospitais públicos do estado de São Paulo vítimas de acidentes de trânsito. Foram 3,2 mil pessoas no ano passado, uma média de nove por dia. A cada dois dias, um desses pacientes morre. Os dados foram divulgados, também no dia 13, pela Secretaria de Estado da Saúde.

As lesões mais frequentes entre os ciclistas acidentados são traumatismos cranianos e na coluna vertebral, além de fraturas dos ossos da bacia, do braço e da perna, informou o órgão. O custo do tratamento desses pacientes para o Sistema Único de Saúde (SUS) foi R$ 3,3 milhões.

Edição: Fábio Massalli

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