Padre brasileiro acredita que papa investigará e tomará providências sobre escândalos

14/03/2013 - 16h41

Renata Giraldi
Enviada Especial da Agência Brasil/EBC

Vaticano – O diretor do Pontifício Colégio Pio Brasileiro, em Roma, o padre jesuíta João Roque Rohr, conhece o papa Francisco há cerca de 40 anos. Em entrevista à Agência Brasil/EBC, o padre disse que o temperamento comunicativo e de liderança “certamente” levará o papa a investigar as denúncias de desvios de recursos financeiros, escândalos sexuais e divisões na Igreja Católica Apostólica Romana.
    
“Se ele [papa Francisco] tiver conhecimento e certeza das denúncias, certamente vai tomar providências”, ressaltou o padre Rohr. Para ele, o papa deverá atender às expectativas dos fiéis de ser um pontifíce ligado ao povo e simples.

O padre Rohr conheceu o então sacerdote Jorge Mario Begoglio, em Buenos Aires, quando ele era professor de Teologia no Colégio El Salvador. Ambos pertencem à ordem dos jesuítas. O padre lembrou que a escolha do nome Francisco é uma demonstração de como agirá o papa: em favor dos pobres e pela simplicidade.

“O papa tem um temperamento comunicativo e de muita liderança”, definiu o padre Rohr. “Ele tem como características a grande aproximação com o povo, a simplicidade e a solidariedade”, acrescentou.

Nas primeiras horas após sua eleição, o papa Francisco demonstrou que pretende adotar uma mudança de comportamento. Ao se dirigir aos fiéis, abaixou a cabeça e pediu que todos rezassem por ele. Também fez questão de usar o mesmo ônibus em que estavam os cardeais, dispensando o carro oficial.

Ao rezar hoje (14), na Basílica de Santa Maria Maior, no centro de Roma, o papa pediu que as portas ficassem abertas para que todos tivessem acesso à igreja. Ele chegou à basílica em um veículo comum do Vaticano, novamente, abriu mão do carro oficial.

Na Capela Sistina, o papa celebrou sua primeira missa em que conclamou unidade da Igreja e o seguimento da palavra de Deus.

Edição: Carolina Pimentel

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