Instalação de antenas em estádios da Copa das Confederações está travada em três cidades

26/02/2013 - 21h18

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Em três das seis cidades que serão sede da Copa das Confederações, que começa em junho, operadoras de telefonia e administradores de estádios ainda não chegaram a um acordo para a instalação de antenas e equipamentos que serão necessários para reforçar o sinal de celular nos dias dos jogos.

Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Recife estão em situação mais preocupante e poderão não contar com infraestrutura indoor (antenas dentro dos estádios) durante o evento, segundo informou o diretor executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), Eduardo Levy.

No caso de Belo Horizonte, o problema é um impasse comercial entre as empresas e o estádio, devido ao valor que está sendo cobrado pelo aluguel do espaço para a instalação das antenas que vão reforçar o sinal das operadoras. No Rio de Janeiro e no Recife, o problema está no acesso das empresas à sala onde os equipamentos serão instalados.

Nas outras cidades – Brasília, Fortaleza e Salvador – as negociações estão mais avançadas, mas o sindicato das operadoras informa que o prazo é curto para montar toda a infraestrutura necessária. “Nós não temos obrigação de pôr infraestrutura indoor nos estádios, nós estamos fazendo porque entendemos que é um benefício para o país e para os próprios estádios. Um estádio que tiver um impasse não vai ter infraestrutura indoor”, disse Levy.

Na tarde de hoje (26), representantes das operadoras de telefonia, de administradores de estádios e dos ministérios das Comunicações e do Esporte se reuniram em Brasília para tentar solucionar as pendências. O secretário executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, explicou que o governo não tem o poder de obrigar uma negociação ou impor medidas para as operadoras e os estádios, mas está atuando como mediador entre as partes.

“Nossos instrumentos legais são muito limitados, mas temos a preocupação geral de que exista boa qualidade de comunicação para o cidadão que assiste o jogo. Que ele fale, mande imagem, mande movimento. Essa é a expectativa de qualquer usuário quando está em um momento como esse, que é histórico. Agora, isso é absolutamente um acordo comercial”, explicou Alvarez.

Edição: Fábio Massalli

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