Paulo Bernardo negocia wi-fi de graça em São Paulo

22/02/2013 - 17h28

Fernanda Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, se reúnem na próxima semana com diretores de empresas operadoras de telefonia móvel e de banda larga. O objetivo é discutir a implantação de infraestrutura para melhorar a qualidade dos serviços de comunicação na capital paulista.

Em reunião hoje (22) com o ministro, o prefeito pediu apoio para a implementação do serviço gratuito de wi-fi, a internet sem fio, para a população paulistana. Segundo o ministro, a intenção é levar aos empresários a possibilidade de acrescentar o serviço aos investimentos que deverão ser feitos em infraestrutura.

“Achamos que é perfeitamente possível discutir uma coisa concatenada com outra. O município fazer as exigências que ele julgar cabíveis e fazer uma negociação com as empresas, com o setor”, disse.

“Em vez de a prefeitura fazer isso [wi-fi gratuito] separadamente, gastar dinheiro para construir a infraestrutura, vamos fazer uma troca legítima no interesse público. Nós vamos liderar a construção de infraestrutura e queremos reservar um pedaço dessa infraestrutura para uso de política pública”, acrescentou.

Uma das medidas que o município deve tomar no sentido de contribuir para a melhoria do serviço na cidade é a revisão do seu Plano Diretor, que permitirá a ampliação do número de antenas. Segundo o ministro, a lei federal de antenas que está tramitando no Congresso esbarra na legislação municipal que as regula. “As notícias que a gente tem, é que elas [as leis municipais] são bastante restritivas”, disse.

Para o ministro, o serviço está congestionado no Brasil. Enquanto em 2010 havia 20 milhões de dispositivos móveis conectados à internet, hoje, existem 67 milhões. “Tem previsão de que em 2014 vamos ter 130 milhões de dispositivos. Precisamos ter qualidade no serviço”, declarou.

Para a Copa do Mundo, todas as 12 cidades-sede terão de instalar mais 9 mil antenas, para o funcionamento da tecnologia de banda larga móvel de quarta geração (4G). As cidades que receberão a Copa das Confederações precisam ter a tecnologia acessível em abril.

 

Edição Beto Coura

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