Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Serão retomadas hoje (22) as negociações, interrompidas no início da madrugada, entre as autoridades de segurança pública de Minas Gerais e os detentos do Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Cerca de 90 presos fazem uma rebelião que dura mais de 24 horas no Pavilhão 1 do complexo. Sem água e sem luz, os detentos não se alimentam desde a manhã de quinta-feira (21).
De acordo com a Secretaria Estadual de Defesa Social de Minas Gerais, o motim começou às 9h de ontem (21), quando, durante uma aula, um agente penitenciário e uma professora foram rendidos.
Para conter a situação, foram mobilizados 210 militares e 30 agentes penitenciário do Comando de Operações Especiais (Cope). Um gabinete de crise, com autoridades da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), da Polícia Militar e da Polícia Civil, foi montado no local.
A secretaria informou que o motim está sendo liderado por Daniel Augusto Cypriano, 29 anos, conhecido pelos apelidos Carioca e Snap. Ele tem seis condenações: cinco por roubo e uma por homicídio. É natural de Conselheiro Pena (MG) e cumpre pena na Nelson Hungria desde 2011.
O Complexo Penitenciário Nelson Hungria tem capacidade para 1.664 presos, mas estão detidos no local 1.970, entre eles Bruno Fernandes, ex-goleiro do Flamengo, réu no processo de desaparecimento e morte da modelo Eliza Samudio. O ex-atleta está detido em outra ala.
Edição: Graça Adjuto
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