Acordo estabelece critérios fitossanitários para importação de trigo da Rússia

20/02/2013 - 15h22

Carolina Gonçalves*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Os governos do Brasil e da Rússia definiram hoje (20) os critérios fitossanitários que vão garantir a liberação da venda do trigo russo no mercado brasileiro. O acordo foi assinado pelas autoridades dos dois países durante a 6ª Reunião da Comissão Brasileiro-Russa de Alto Nível de Cooperação. A expectativa das autoridades brasileiras é que, com a entrada do produto russo, seja possível minimizar o risco de desabastecimento no mercado doméstico, com a quebra de safra da produção brasileira.

Para garantir a segurança do produto importado, o governo russo terá de emitir uma espécie de certificado do trigo que estiver dentro das normas fitossanitárias, assegurando que todos os critérios tenham sido seguidos.

As autoridades dos dois países também discutiram a possibilidade de fornecimento de farelo de soja brasileiro para a Rússia, mas os detalhes desse acordo ainda não foram divulgados.

Durante o encontro liderado pelo vice-presidente da República, Michel Temer, e pelo primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, negociadores dos dois países também conseguiram acordar entendimentos em outras áreas. A Rússia será incluída no programa brasileiro Ciência sem Fronteiras, o que vai aumentar o leque de possibilidades para os estudantes brasileiros que poderão participar de cursos de graduação, doutorado e pós-doutorado em instituições russas.

Os representantes dos dois países também decidiram que vão compartilhar informações sobre políticas públicas para o desenvolvimento de pequenas e médias empresas e para garantir que esses negócios tenham acesso a estudos e pesquisas de aperfeiçoamento.

*Colaborou Yara Aquino

Edição: Juliana Andrade // Texto alterado às 16h45 para corrigir a edição da reunião, erroneamente citada na primeira publicação como a 4ª

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. É necessário apenas dar crédito à Agência Brasil