Rio reabre Teatro Villa-Lobos

30/01/2013 - 20h21

Paulo Virgilio

Repórter da Agência Brasil
                     
Rio de Janeiro - Parcialmente destruído por incêndio em setembro de 2011, o Teatro Villa-Lobos, em Copacabana, na zona sul do Rio, deverá ser reaberto no segundo semestre de 2014, modernizado e ampliado. O projeto de recuperação, anunciado pela secretária estadual de Cultura, Adriana Rattes, também prevê condições ideais de acessibilidade, segurança e sustentabilidade para a casa, espaço cultural gerido pela Fundação Anita Mantuano de Artes do Rio de Janeiro (Funarj), vinculada à secretaria.
  
Quando o incêndio ocorreu, o teatro, inaugurado em 1979, estava fechado para reforma havia 9 meses. “Não havia nenhuma pessoa na momento do fogo, por isso não houve mortes. Houve, porém, a perda de um espaço importante para a arte e a cultura da cidade”, disse a secretária Adriana Rattes. Ela anunciou que o novo Villa-Lobos será um teatro moderno, “concebido para atender às exigências da arte cênica”.

As obras, a cargo da Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop), estão previstas para o próximo mês de julho, a um custo estimado em R$ 36 milhões. A sala de espetáculos principal ganhará mais 234 assentos. Porém, com a criação de um balcão, o total de lugares chegará a  656. O teatro conta com outras duas salas menores, em espaços anexos.

Haverá também no foyer escultura do artista plástico Daniel Senise, criada com material retirado dos escombros do incêndio.  Batizado em homenagem ao compositor Heitor Villa-Lobos, o teatro foi idealizado no final da década de 70 pelo empresário Adolfo Bloch (1908-1995), então presidente da Funarj. O projeto é de autoria do arquiteto Rafael Perez.

Inaugurado com a peça “Pato com Laranja”, estrelada por Paulo Autran e Marilia Pêra, o Teatro Villa-Lobos abrigou, ao longo de mais de três décadas, espetáculos que atraíram público e crítica. Um deles, no mesmo ano de sua inauguração, foi Rasga Coração, de Oduvaldo Vianna Filho, peça que marcou o processo de abertura política no país, ainda durante o regime militar.


Edição: José Romildo