Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ao participar do Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas, o ministro do Turismo, Gastão Vieira, disse hoje (30) que 563 projetos do setor estão parados na Caixa Econômica Federal, de um total de aproximadamente 7 mil. Segundo ele, em alguns casos, o dinheiro já foi depositado, mas a obra não foi iniciada. Além disso, outros 1.633 projetos estão com o cronograma atrasado.
“Antes de pedirem recursos novos, gostaríamos de ter um esforço nacional no sentido de não perdermos esses recursos, porque eles têm prazo de validade. Em junho de 2013, a maioria deles poderá cair e o esforço dos parlamentares, do governo e da cidade para receber uma obra vai embora, porque faltou disposição para ir à Caixa e equacionar as coisas.”
Sobre o aumento dos preços praticados pelo setor hoteleiro em razão da proximidade de grandes eventos – como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 –, o ministro avaliou a situação como um movimento normal de mercado registrado, por exemplo, durante as Olimpíadas de Londres.
“Você tem muita demanda, e a tendência é subir [o preço]. Não podemos permitir abusos e vamos fazer isso. Estamos cuidando – Ministério do Turismo, Instituto Brasileiro de Turismo [Embratur], entidades do setor, setor hoteleiro do Rio de Janeiro – que vai ser o próximo a receber um grande evento. Estamos conversando, que é a prática que se tem dentro da lei de mercado.”
Para Vieira, é possível negociar tarifas a serem cobradas pelos hotéis, como foi feito durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. “Tínhamos chefes de Estado, delegações enormes. Houve todo um tumulto anterior com diárias subindo de forma incontrolável. O governo agiu e agiu rapidamente, com firmeza. Há um diálogo permanente entre o ministério, a Embratur e o setor hoteleiro. Creio que essas coisas serão resolvidas”, concluiu.
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Edição: Talita Cavalcante // Matéria alterada às 19h15 no título e primeiro parágrafo para informar o número correto de projetos turísticos atrasados. O número de 7 mil, publicado antes, refere-se, na verdade, ao total de contratos
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