Uso de radiocomunicação poderia ter minimizado tragédia em boate, diz especialista

28/01/2013 - 20h52

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O diretor superintendente do Instituto Avanzi, organização não governamental de defesa do consumidor de telecomunicações, Dane Avanzi, acredita que o uso de aparelhos de radiocomunicação poderia ter amenizado a tragédia registrada na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), onde mais de 231 jovens morreram.

Falando hoje (28) à  Agência Brasil, Avanzi  avaliou que houve uma falha de comunicação entre os seguranças da boate. “Os seguranças não conseguiram apagar o fogo e não noticiaram  em tempo hábil para os que cuidavam da porta de acesso. Se eles tivessem comunicado imediatamente que havia um incêndio para que os outros liberassem a saída, muitas pessoas poderiam ter conseguido sair”.

Além do problema de rotas de fuga,  que fez com que muitas pessoas se dirigissem  para o lado oposto da porta de saída  e acabassem morrendo por asfixia, faltou um plano de emergência que deve ser  uma prática comum em locais organizados,  com treinamentos periódicos para a equipe, fazendo simulados sobre como evacuar o local em situações de emergência, comentou.

Avanzi disse que a União Internacional de Telecomunicações (UIT),  agência das Nações Unidas dedicada a temas relacionados às tecnologias da informação e comunicação, recomenda o uso da radiocomunicação como uma ferramenta essencial na mitigação de qualquer tipo de catástrofe.

Edição: Davi Oliveira

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