Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Funcionários administrativos de escolas estaduais do Rio de Janeiro protestaram hoje (25), pela terceira vez em menos de 15 dias, contra a ameaça de transferência para outras unidades pela Secretaria de Estado de Educação. Em nota, o Sindicato dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), informou que merendeiros e serventes com mais de 25 anos de trabalho nas escolas estaduais de municípios da Baixada Fluminense e do interior do estado foram convocados pelas coordenadorias metropolitanas para serem realocados em unidades distantes dos seus antigos locais de trabalho.
Uma audiência para discutir a proposta do governo ocorreu à tarde na Escola de Aperfeiçoamento dos Servidores do Estado, no Andaraí, zona norte do Rio. Segundo o coordenador geral do Sepe, Alex Trentino, o governo do estado está substituindo o profissional concursado por funcionários de empresas terceirizadas. "O governo do estado está tirando o concursado do seu local de trabalho e deslocando para regiões distantes. A vaga fica com o funcionário terceirizado, que é contratado por empresas de limpeza particulares. A nossa reivindicação foi levada ao Tribunal de Contas, o qual está separando o profissional concursado do terceirizado e dando voz à nossa questão", disse o coordenador.
De acordo com Trentino, a remoção compulsória da secretaria ocorreu no interior do estado e na Baixada Fluminense, em três ou quatro escolas do Rio. O assunto só teve desdobramento na semana passada.
O subsecretário de gestão de pessoas da Secretaria, Luiz Carlos Becker, afirmou que o propósito da medida é agrupar os concursados e não deslocá-los para regiões distantes da sua residência. “A partir da notificação do Tribunal de Contas do Estado venho esclarecer que o concursado tem o privilégio de ficar na escola em que ele trabalha. Agora se for preciso deslocá-lo para outra região será feito. Estamos estudando caso a caso, precisamos fazer ajustes necessários, agrupar uma parte de terceirizados e outra de concursados, até mesmo um reivindicação do Tribunal de Contas. Eles não podem trabalhar juntos. O serviço de limpeza precisa ser mantido nas escolas", disse Becker.
Em nota, a assessoria de comunicação da Secretaria de Educação informou que "o funcionário faz concurso para trabalhar em uma determinada região e não em uma escola específica, embora, em certos casos, em que haja dificuldade de deslocamento - residência/ trabalho o órgão irá analisar caso a caso e flexibilizar". Ainda segundo a nota, o estado tem cerca de 5 mil serventes e, em cada escola, 3 ou 4 funcionários estão de licença médica do serviço.
Edição: Fábio Massalli
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