Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Em 2012, a capital paulista teve um aumento de 39,8% no número pessoas assassinadas. Segundo balanço divulgado na noite de hoje (25) pela Secretaria de Estado de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), foram 1.495 vítimas de homicídio em todo o ano passado contra 1.069 durante 2011.
Ao longo do ano passado a cidade de São Paulo viveu uma onda de violência marcada pelo assassinato de policias e chacinas nas periferias. Foram diversos ataques de homens encapuzados que disparavam contra pessoas em bares ou nas ruas. Os crimes com grande número de mortes são notados nas estatísticas que apontam para 1.368 casos de assassinato em 2012, enquanto o número de vítimas é 9% maior. Em 2011, com 1.019 casos de homicídio, a diferença era 5%.
Ontem (24), seis policias militares foram presos por envolvimento na chacina que resultou na morte de sete pessoas em um bar da zona sul, no último dia 4. De acordo com a SSP, mais policiais podem ter participado do crime que continua sob apuração. Segundo investigação das corregedorias da Polícia Militar e da Polícia Civil, o grupo de policiais organizou o ataque provavelmente como represália pela divulgação de um vídeo onde PMs executavam um homem rendido. A veiculação das imagens em emissoras de televisão levou à prisão dos envolvidos.
Apesar da chacina ser semelhante a várias outra ocorridas ao longo do ano na capital, o secretário de Estado de Segurança Pública, Fernando Grella, evitou relacionar esses crimes à ação de grupos de extermínio com a participação de policiais. “Nós temos a preocupação e a responsabilidade de nos empenharmos e nos dedicarmos em esclarecermos todos os casos. Todas as linhas de investigação devem ser perseguidas”, disse, ressaltando em seguida que não podia fazer generalizações.
Em uma audiência pública realizada horas antes do anúncio da prisão dos envolvidos na chacina, moradores da região do Capão Redondo, zona sul da capital, cobraram providências do Poder Público para as chacinas e a atuação de grupos de extermínio na periferia da cidade.
Edição: Fábio Massalli
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