Da BBC Brasil
Brasília - Autoridades da Argélia informaram na tarde de hoje (17) ter encerrado a operação militar para retomar uma refinaria capturada por extremistas islâmicos. Dezenas de reféns de diversas nacionalidades estavam no complexo na hora do ataque. O governo do país confirmou notícias de que reféns e extremistas foram mortos na operação, embora não tenha fornecido o número total de vítimas.
O governo da Grã-Bretanha disse à BBC estar se preparando para notícias de diversas vítimas fatais britânicas. Um ministro argelino declarou que o país teve que agir porque os extremistas teriam se recusado a negociar a libertação dos reféns. Mais cedo, fontes ligadas aos extremistas informaram que 34 reféns estrangeiros e 14 captores tinham sido mortos em um bombardeiro feito por helicópteros militares - mas a informação não foi confirmada por fontes independentes.
Quatro reféns estrangeiros foram libertados, entre eles um irlandês que conseguiu telefonar para sua família e dar a notícia. Aproximadamente 600 trabalhadores argelinos deixaram o local sem serem feridos. Britânicos, americanos e japoneses estão entre os reféns que estavam na refinaria na hora do ataque. O premiê britânico David Cameron disse não ter sido avisado da operação das forças da Argélia. Ele deixou claro que preferia ter sido avisado com antecedência.
O complexo foi tomado por militantes do grupo de Mokhtar Belmokhtar, que teria ligações com a rede extremista Al Qaeda.Segundo testemunhas, o grupo de militantes aparentava ter membros egípcios, malineses,tunisianos e argelinos. Os reféns estrangeiros foram sequestrados quando se deslocavam em um ônibus no complexo. Os extremistas disseram ter agido em represália à intervenção militar francesa no Mali, que entrou nesta quinta-feira em seu sétimo dia.