Agricultura da região serrana volta a mostrar força

12/01/2013 - 15h47

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A agricultura da região serrana do estado do Rio de Janeiro voltou a mostrar força e o verde das lavouras de novo faz parte da paisagem rural dos municípios atingidos pelas fortes chuvas que atingiram a região em janeiro de 2011, matando mais de 900 pessoas, segundo o governo do estado.

Na avaliação da Secretaria estadual de Agricultura, o mais importante polo agrícola do estado na produção de hortaliças, flores e aves, a região serrana deu a volta por cima com o apoio do governo estadual e voltou a mostrar a sua força por meio do trabalho e da união de seus produtores rurais.

Os dados da secretaria indicam que, desde janeiro de 2011, cerca de 300 máquinas e equipamentos do programa Estradas da Produção trabalham na desobstrução e recuperação de estradas vicinais para o escoamento da produção e acesso dos moradores. Até o final de dezembro último, quase 10 mil produtores foram beneficiados com a recuperação de 916 quilômetros dessas vias. Além disso, ainda de acordo com os dados divulgados, 1.677 hectares produtivos foram reincorporados e 8.854 produtores familiares foram atendidos com o serviço de máquinas no preparo do solo para plantio.

Incentivos financeiros não reembolsáveis do Programa Rio Rural, com recursos do Banco Mundial, num total de R$ 9 milhões, beneficiaram no ano passado 1.124 produtores nos municípios atingidos. Os recursos foram utilizados para projetos emergenciais de retomada da produção.

De acordo com o secretário de Agricultura, Christino Áureo, chegam a R$ 70 milhões os recursos do governo estadual e do Banco Mundial o investimento na recuperação rural da região serrana.

“Em 2011, foram R$ 27 milhões para a recuperação de estradas vicinais e de mais de 1.500 propriedades rurais. Desse total, R$ 9 milhões foram repassados diretamente aos produtores para atender a estrutura produtiva. Recuperar estufas, sistemas de irrigação, aquisição de insumos e produtos básicos para o funcionamento da propriedade. Não foi empréstimo, mas recursos a fundo perdido, colocados pelo Banco Mundial, através do Rio Rural”, explicou.

Para 2013, ele prevê a utilização de mais R$ 43 milhões, sendo R$ 27 milhões do governo do estado e R$ 16 milhões do Banco Mundial, para avançar nos projetos de reconstrução, com prioridade na zona rural, principalmente no restabelecimento das estradas vicinais.
A região é responsável por mais de 90% das folhosas comercializadas na unidade da Ceasa-RJ, no Grande Rio, e também pela produção de olerícolas, flores, frutas, além das criações de gado e de aves.

Edição: Fernando Fraga

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