Graça Foster garante que não vai faltar gás para atender necessidades das termelétricas

09/01/2013 - 19h03

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A presidenta da Petrobras, Graça Foster, disse hoje (9) que não vai faltar gás para atender à demanda do país, como também às necessidades das usinas termelétricas, que estão operando a plena carga em função dos reservatórios das hidrelétricas apresentarem baixo volume de água.

De acordo Graça Foster, a empresa está disponibilizando atualmente ao mercado cerca de 90 milhões de metros cúbicos de gás diariamente. Ontem (8), por exemplo, foram distribuídos 90,571 milhões de metros cúbicos. Do total, 36 milhões de metros cúbicos foram destinados à geração térmica.

Segundo a presidenta da Petrobras, desde outubro, a entrega diária vem sendo da ordem de 36 a 37 milhões de metros cúbicos por dia. A maior parte do gás, 42 milhões de metros cúbicos por dia, vem da produção dos campos nacionais, e 30 milhões de metros cúbicos, importados da Bolívia. O restante de usinas de gás natural liquefeito (GNL), o equiivalente a 14,4 milhões me metros cúbicos por dia.

Apesar da necessidade de modificações em alguns contratos, onde o gás é substituído pelo diesel, “uma questão de economicidade”, Graça Foster disse que a empresa não terá prejuízos ao importar gás liquefeito do petróleo (GNL) para dar maior flexibilidade e opções à Petrobras no fornecimento do produto.

“O modelo do nosso sistema elétrico é hidrelétrico e não há o que fazer. Ele foi concedido assim. Então essa é uma oportunidade, um espaço, para se fazer negócios dentro das condições estabelecidas pelo mercado. Isso não impressiona a Petrobras, o problema é que quando se tem demanda maior por gás natural o mercado fica nervoso”, disse. Segundo Graça Foster, a volatilidade do setor se reflete nos contratos e a companhia tem que se acostumar e estar preparada para operar com essas regras.

Ela não revelou números, mas negou que a estatal esteja tendo prejuízo no fornecimento de gás para as térmicas, em particular o GNL. “A flexibilidade do modelo nos permite variações diversas e a logística de distribuição o remanejamento de acordo com as nossas conveniências e a economicidade do negócio. Se é vantajosa essa operação, em detrimento daquela, nós mudamos sem problema”, declarou.

 

Ampliada às 20h15

Edição: Aécio Amado