Aliados de Chávez tentam manter unidade para enfrentar eventual disputa com a oposição

07/01/2013 - 6h06

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Na tentativa de manter a unidade em torno do governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, seus aliados buscam demonstrar publicamente que não há divergências nem disputas. Apontado como sucessor de Chávez, o vice-presidente Nicolás Maduro foi a público parabenizar o presidente reeleito da Assembleia Nacional (Parlamento), Diosdado Cabello. Ambos defenderam a unidade e o apoio incondicional a Chávez.

A síntese do pensamento dos aliados de Chávez foi feita pelo vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Gérson Pérez, ao analisar as próximas eleições municipais no país.  "A união é a nossa premissa ideológica, da [nossa] pátria. E vamos levá-la em apoio a Chávez e mantendo a nossa aliança estratégica”, ressaltou.

A reeleição de Cabello, que está no comando da Assembleia Nacional desde 2012 e permanecerá até o fim de 2014, assegura, segundo especialistas, o apoio dos militares ao governo. Cabello é engenheiro militar e o principal elo de Chávez com a corporação.

Maduro, por sua vez, foi escolhido pelo próprio Chávez para substituí-lo em caso de qualquer eventualidade. No começo do mês passado, quando anunciou que faria a quarta cirurgia para retirada de um tumor maligno, Chávez pediu o apoio da população em favor de Maduro, que ocupa simultaneamente os cargos de vice-presidente da República e chanceler.

A unidade dos aliados de Chávez, de acordo com especialistas, é uma forma de enfrentar eventual disputa com a oposição. O principal nome de oposição para uma sucessão presidencial é o de Henrique Capriles, governador reeleito de Miranda (um dos principais estados da Venezuela), que perdeu as últimas eleições para Chávez.

*Com informações da agência de notícias da Assembleia Nacional da Venezuela e da emissora estatal de televisão venezuelana, VTV.

Edição: Graça Adjuto