Arquitetos que trabalharam na construção de Brasília dão adeus a Niemeyer

06/12/2012 - 10h01

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Um mestre que depois virou amigo. Essa é a recordação de dois arquitetos, que participaram da construção de Brasília, sobre Oscar Niemeyer.

Ítalo Campo Fiorito, de 80 anos, disse que o projeto da nova capital federal foi sua primeira oportunidade de trabalho. “Cheguei lá em 1958. Ninguém acreditava que aquilo fosse ficar pronto, mas ficou. Essa foi a minha melhor experiência profissional. Depois fomos ficando velhos e nos tornamos amigos. Ele [Niemeyer] queria justiça para o mundo e trabalhava de manhã até a noite.”

Ítalo conta que Niemeyer sempre buscava ajudar os mais próximos e que chegou a ser preso durante o regime militar apenas por ser amigo dele.

Jaimi Zettel, de 80 anos, que também trabalhou junto com Lúcio Costa e Niemeyer lembra que a experiência foi inspiradora. “Niemeyer era um mestre”, resumiu.

Os dois amigos estiveram na manhã de hoje (6) no Hospital Samaritano, onde o corpo de Niemeyer aguarda para seguir a Brasília. O velório ocorrerá no Palácio do Planalto.

Veja aqui imagens das principais obras de Niemeyer em Brasília.

Edição: Talita Cavalcante