Tumulto faz hospital mudar sistema de marcação de consultas

03/12/2012 - 14h36

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Em decorrência das grandes filas que se formaram desde a noite de ontem (2) na porta do hospital, na zona portuária do Rio, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) decidiu mudar o esquema de atendimento para a marcação de consultas. O anúncio foi feito pelo coordenador Naasson Cavanellas, acrescentando que, a partir de agora, o atendimento será feito somente pela central telefônica (21) 2134-5000.

O Into iniciou nesta segunda-feira a distribuição de senhas para a marcação de consultas médicas ao longo do primeiro semestre de 2013. “A confusão que aconteceu hoje nós não esperávamos, porque este modelo de marcação de consultas existe há bastante tempo e seis meses atrás ocorreu sem nenhum tipo de problema”, disse Cavanellas.

Para o coordenador, o que houve foi uma demanda maior do que a prevista. “Talvez por conta da repercussão do nome do Into, do tratamento e da excelência do instituto, pessoas do Brasil inteiro tenham vindo nos procurar para consultas”, destacou, prometendo que o problema não vai se repetir com o procedimento adotado hoje.

Apesar do tumulto, todas as pessoas que estavam na fila nesta segunda-feira receberam senhas, com as quais poderão marcar suas consultas até o final de junho de 2013. As senhas são para que eles retornem e marquem consultas no primeiro semestre, ou seja, as consultas serão em algum dia entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2013.

 

Acompanhada da mãe, Jaqueline Rocha, a adolescente Luziane Rocha Ribas, de 12 anos, saiu de Itaguaí, na região metropolitana do Rio, e estava desde a madrugada na fila para marcar uma consulta. “Não consigo assistir às aulas na escola por causa das dores, e minhas colegas estão me excluindo”, disse a jovem, que, devido à escoliose, tem as costas encurvada.

Mesmo sem atingir a capacidade máxima em suas novas instalações na Avenida Brasil, inauguradas em outubro de 2011, o Into faz 180 mil consultas anuais. Vinculado ao Ministério da Saúde, o hospital é referência no tratamento de doenças e traumas ortopédicos  no atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Edição Beto Coura