Oscar Niemeyer apresenta melhora no quadro clínico, diz médico

11/11/2012 - 10h58

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro – O arquiteto Oscar Niemeyer, 104 anos, internado desde o último dia 2, apresenta melhora em seu quadro clínico. Em coletiva à imprensa, o diretor médico do Hospital Samaritano, na zona sul do Rio de Janeiro, Fernando Gjorup, disse que, pela idade avançada, o arquiteto ainda requer cuidado e preocupa, mas a melhoria é evidente.

“Ele está evoluindo satisfatoriamente. Ele está melhor hidratado, o rim dele, que sofreu um pouco por essa desidratação, está respondendo, ele está urinando melhor. Os exames laboratoriais estão melhores. Ele está lúcido, está orientado. Ele está muito cooperativo, participando disso tudo”, disse.

Segundo Gjorup, Niemeyer conversa com as pessoas e mostra até preocupação com seu trabalho. “Outro dia presenciei ele discutindo com seu calculista [engenheiro responsável pelas estruturas] um projeto”, disse.

Gjorup, que também é médico particular de Niemeyer, disse que ainda não há previsão de alta e que ele voltará para casa, quando estiver bem de saúde. “Ninguém está com pressa de mandá-lo de volta para casa. Se ele continuar no rumo que está, será levado de volta para casa”, disse.

O arquiteto continua na Unidade Intermediária (UI), que é um espaço entre o quarto e a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), e tem suas funções cardíacas e respiratórias permanentemente monitoradas. Apesar disso, ele respira normalmente sem aparelhos.

Sobrinho de Niemeyer, o médico Paulo Niemeyer disse que a família está satisfeita com o andamento do tratamento. “E temos esperança de levá-lo para casa. Toda a família está mobilizada. Ele tem muito desejo de sair. Ele está cansado de ficar na cama, quer ir embora. Quinze dias atrás, estava todo dia na rua. Para ele está sendo um sacrifício, porque ele está inteiramente lúcido. Ele está vivo”, disse.

A esposa do arquiteto, Vera Niemeyer, disse que ele está ansioso para sair porque tem vários projetos em andamento, como um centro cultural no Marrocos.

 

Edição: Lílian Beraldo