Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, evitou hoje (6) relacionar o aumento dos eleitores ausentes nas últimas eleições municipais com a falta de recadastramento na Justiça Eleitoral. De acordo com a ministra, qualquer comparação neste sentido é “prematura”.
Segundo dados divulgados pelo TSE, houve pico de abstenção de quase 20% no segundo turno das eleições. Nas capitais onde houve recadastramento para uso do sistema biométrico, como Curitiba, Maceió, Aracaju, Porto Velho e Goiânia, a taxa de ausência nas urnas foi 11,98%, bem abaixo da média nacional.
"Acho que seria prematuro ter um dado [que faça paralelo entre o recadastramento e a queda de abstenção]. Agora, é preciso analisar porque em alguns estados o índice foi maior do que em outro”, disse a ministra.
Neste ano, o sistema de reconhecimento digital foi aplicado em 298 municípios de 24 estados, com a participação de 7,8 milhões de eleitores. A expectativa é que a biometria seja ampliada em 2014, mas o TSE ainda não estabeleceu metas, que dependerão do retorno de presidentes das cortes eleitorais sobre cidades que podem passar pelo recadastramento. As informações são esperadas para daqui a 15 dias.
Cármen Lúcia acredita que alguns dos fatores que podem ter colaborado para o aumento de ausências no segundo turno foi o início do horário de verão e as diferenças de fusos horários, além da comemoração do Dia do Servidor em alguns estados, o que levou muitos eleitores a viajar.
Edição: Davi Oliveira