Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) discute hoje (6), em reunião fechada, o agravamento da crise na Síria. A discussão ocorre após a visita do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Brahimi Lakhdar, ao país e de ele ter conversado com respresentantes do governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, e também da oposição. Na ocasião, Brahimi propôs uma trégua nos confrontos devido ao período religioso dos muçulmanos.
Brahimi esteve também com autoridades da Arábia Saudita, da Turquia, do Irã, do Iraque, do Egito, do Líbano, da Síria, da Rússia e da China. A discussão hoje envolve representantes dos 15 países que integram o conselho – cinco em assentos permanentes e dez em rotativos.
A ONU insiste na proposta de um cessar-fogo por parte do governo e grupos armados de oposição e na nomeação de interlocutores para definir um acordo que encerre o período de 20 meses de conflitos na região.
O Conselho de Segurança se divide entre os favoráveis à imposição de mais sanções à Síria e os contrários, como a Rússia e a China. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, descartou a necessidade de um texto da ONU para implementar os acordos alcançados. Para Rússia, os acordos devem ser definidos internamente na Síria.
Desde março de 2011, o país vive em clima de guerra. Os confrontos se intensificaram porque a oposição insiste na transição política do poder, no fim das violações aos direitos e em mais liberdade de expressão e de imprensa. Assad nega irregularidades, assim como a inexistência de liberdade no país.
*Com informações da agência estatal de notícias de Cuba, Prensa Latina //
Edição: Juliana Andrade