Cheiro de gás era antigo, dizem moradores de apartamentos acima de mercado que explodiu

31/10/2012 - 12h03

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Sete pessoas ficaram feridas em uma explosão de gás no mercado Super Market, em Irajá, zona norte da capital fluminense, na manhã de hoje (31). A explosão ocorreu por volta das 7h depois que funcionários sentiram um forte cheiro de gás. Eles disseram que o gerente do mercado, Ricardo Santos, 30 anos, foi conferir a origem do cheiro no fundo da loja, quando houve o incidente.

Santos, dois funcionários e um cliente tiveram queimaduras graves e foram encaminhados para os hospitais Carlos Chagas, em Marechal Hermes, e Getúlio Vargas, na Penha. Mais três pessoas foram levadas para unidades de saúde, com queimaduras leves, e uma delas já foi liberada.

Bombeiros de dois quartéis foram para o local e depois de prestar socorro às vítimas avaliaram que não havia risco de novas explosões. “Não temos ainda o motivo. Só suposições. Vamos aguardar a perícia para poder nos pronunciar, mas a questão do vazamento de gás realmente aconteceu”, disse o tenente coronel Marcelo Leite.

Após vistoria, a Defesa Civil concluiu que a explosão não afetou a estrutura do estabelecimento, nem do prédio residencial que fica sobre o mercado.

Segundo relato de moradores, o mercado, que funciona desde dezembro do ano passado, apresentava um forte cheiro de gás há pelo menos seis meses. Moradora do prédio, Márcia Freitas da Costa disse que já tinha procurado o gerente do mercado para relatar o problema.

“O cheiro já vinha há muito tempo e por descuido aconteceu isso hoje. Eu senti o cheiro dentro do mercado outras vezes e tinha comunicado aos funcionários.”

O representante da rede de supermercados, André Portes, esteve no local e disse que o estabelecimento segue as normas de segurança, mas não quis fazer comentários sobre a denúncia dos moradores.

O mercado está com as portas abertas, mas fechado para o público. A explosão quebrou vidros, danificou o teto rebaixado e espalhou pelo chão produtos que estavam nas prateleiras.

Bombeiros continuam no local acompanhando o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli.

 

Edição: Lílian Beraldo