IBGE constata que produção de grãos foi recorde no ano passado

26/10/2012 - 10h08

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Os produtos da safra brasileira de grãos – algodão herbáceo e arbóreo, amendoim, arroz, aveia, centeio, cevada, feijão, girassol, mamona, milho, soja, sorgo, trigo, triticale – registraram safra recorde em 2011, ao atingir 159,4 milhões de toneladas. O resultado significa crescimento de 6,8% em relação à safra de 2010 – que também havia sido recorde.

Segundo dados da pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), hoje (26), o valor de produção dos grãos ficou em R$ 94,7 bilhões – o equivalente a um aumento de 32,7% em relação a 2010.

São Paulo teve a participação relativa ao valor de produção reduzida, de 2010 para 2011, passando de 18,3% para 17,7%. Mais uma vez a queda foi motivada pelo maior valor da produção em outras unidades da Federação, como Minas Gerais, que, com 12,7% de participação, passou do quarto lugar para o segundo, e Mato Grosso (11%), que passou de quinto para quarto.

Também na produção de grãos, Sorriso, em Mato Grosso, foi o município com maior valor da produção, com receita de R$ 1,9 bilhão.

A PAM 2011 constatou que, dos 5.565 municípios brasileiros de então, apenas 59 não informaram áreas de lavouras e somente 12 municípios apresentaram um único produto cultivado. Em contrapartida, o município com maior número de cultivos informou nada menos que 40 produtos.

A pesquisa também verificou que a metade dos municípios brasileiros tem área cultivada inferior a 10% de sua superfície territorial e três quartos dos municípios apresenta intensidade agrícola inferior a 30%.

A Região Sul é a que apresenta maior intensidade agrícola. Metade dos seus municípios tem área cultivada que supera o equivalente a 34,5% de sua superfície. Depois, vem a Região Sudeste, com média de área cultivada calculada em 10,7% da superfície; o Nordeste, com 8,4%; o Centro-Oeste, com 4,5%; e a Região Norte, com 1,3%.

 

Edição: Lana Cristina