TV Brasil e Rádio Nacional da Amazônia ganham Prêmio Vladimir Herzog

24/10/2012 - 0h06

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A TV Brasil e a Rádio Nacional da Amazônia, veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) ganharam o Prêmio Vladimir Herzog em duas categorias. Os prêmios foram entregues na noite dessa terça-feira (23), em ceriônia na capital paulista.

A reportagem Crimes da Ditadura, exibido pelo programa Caminhos da Reportagem, venceu na categoria TV Documentário. A editora Conchita Rocha ressaltou que o reconhecimento mostra que a TV pública está no "caminho certo", apesar do projeto ser recente.

Com a reportagem Crimes contra Indígenas na Ditadura, a Rádio Nacional da Amazônia conquistou o prêmio na categoria Rádio. A matéria foi produzida pela repórter Maíra Heinen. Ao receber o prêmio, a jornalista destacou a importância de trazer os problemas enfrentados pelos índios para a pauta dos veículos de imprensa.

"Espero que a matéria seja uma luz para se perceber que muitos indígenas continuam morrendo, e nós não estamos mais na ditadura", disse Maíra, que teve o apoio do sonoplasta Marcos Tavares na montagem da reportagem.

O programa Caminhos da Reportagem, com a matéria Mão de Obra Escrava Urbana, recebeu ainda menção honrosa na categoria TV Documentátio. Também foi premiado o jornalista Alberto Dines, que apresenta o programa Observatório da Imprensa, na TV Brasil.

Antes da cerimônia de entrega dos prêmios, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, ressaltou o papel fundamental da imprensa na construção de uma socieade com mais respeito aos direitos humanos.

"É a formação de uma consciência que o jornalismo tem a oportunidade de propos e instituir para a socieade brasileira. Uma consciência de liberdade, direitos humanos e cidadania. De que a política, a economia e as estruturas do Estado devem estar a serviço à uma socieade com mais justiça", declarou.

O diretor do Instituto Vladimri Herzog, Ivo Herzog, enfatizou que a população precisar ser bem informada para poder lutar pelos seus direitos. "Acho que é um processo de informação: gerar dados para as pessoas fazerem a sua reflexão, terem sua opinião sobre os assuntos, se indignarem e, a partir daí,, ter uma luta por um país melhor", disse.

O Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos contemplou reportagens de todo o país em nove categorias. Matérias produzidas por veículos impressos, rádio, televisão e internet.

 

Edição: Aécio Amado