Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas, a 90 quilômetros da capital paulista, informou hoje (9) que foram confirmados mais dois casos de bebês que contraíram tuberculose no município. Os dois nasceram na maternidade particular Madre Theodora.
O surgimento de casos da doença começou a ser investigado pelo Devisa após a Vigilância Epidemiológica do Estado informar sobre três bebês infectados no município. Em comum, havia o fato de que se tratava de bebês nascidos na Madre Theodora, entre fevereiro e maio deste ano. Com a confirmação dois novos casos, sobe para cinco o número de infectados na instituição.
Mais 13 exames identificaram a presença do bacilo de Koch e há três casos suspeitos sob análise.
Segundo o Devisa, os exames que começaram a ser no dia 25 de setembro em 354 crianças nascidas naquela maternidade vão continuar até o dia 22 deste mês. Até a última sexta-feira (5), tinham sido submetidos aos exames 166 bebês.
O hospital informou que, após receber a notificação da Vigilância Epidemiológica do Estado, descobriu que uma técnica de enfermagem estava com a doença. Ela foi afastada e os demais funcionários foram submetidos a exames de raio X e de Derivado de Proteína Purificada (PPD) .
Em nota, a maternidade informou que não há nenhum outro caso de tuberculose na instituição. O passo seguinte foi levantar a lista de bebês que tiveram contato com a funcionária. São os 354 bebês que estão sendo examinados.
De acordo com a maternidade, o número de infectados pelo bacilo de koch que desenvolvem a doença fica entre 5% e 10%. Em crianças, o diagnóstico é mais difícil porque elas não apresentam os sintomas característicos, como febre vespertina, tosse reprodutiva, sudorese noturna e emagrecimento e, sim, problemas pulmonares e dificuldade em ganho de peso.
Dados do Ministério da Saúde indicam que, no ano passado, a incidência de tuberculose estava em torno de 36 novos casos a cada 100 mil habitantes, bem abaixo dos números de dez anos antes, quando a proporção estava em 42,8 por 100 mil habitantes.
Edição: Nádia Franco