Em nova gestão, Fortunati planeja obras e avanços na saúde e na segurança em Porto Alegre

08/10/2012 - 18h27

Sabrina Craide
Enviada especial

Porto Alegre – Depois de conquistar o maior percentual de votação entre os prefeitos eleitos das capitais do país no primeiro turno das eleições municipais (65,2%), o prefeito reeleito de Porto Alegre, José Fortunati, não descansou. No primeiro dia depois do pleito, ele reuniu os principais secretários para discutir mudanças na administração da prefeitura.

Fortunati quer reorganizar as secretarias e criar novos órgãos para agilizar o andamento de projetos e a regularização fundiária na cidade. Outras mudanças serão a criação de um instituto de planejamento e a transformação da Secretaria de Inovação em agência de desenvolvimento. “A votação expressiva que tivemos aumenta a nossa responsabilidade, mas eu tenho a consciência de que temos que avançar cada vez mais, em todas as áreas”, disse Fortunati à Agência Brasil.

Um dos principais desafios de Fortunati será preparar Porto Alegre para a Copa do Mundo de 2014. Entre todas as obras previstas para a cidade, ele destaca a duplicação dos 5 quilômetros da Avenida Tronco, na zona sul, que terá corredor de ônibus e ciclovia. Mas para isso, será preciso remover 1,4 mil famílias do local, que poderão optar pela compra de uma casa em outro lugar ou pela realocação em novas casas que serão construídas a 2 quilômetros de distância. “Essa é a principal obra da Copa, porque tem uma característica social muito grande.”

Os recursos para as obras da Copa estão sendo financiados pela Caixa Econômica Federal. O metrô da capital, que terá 14,8 quilômetros e 13 estações, não ficará pronto para o evento: a construção começa em 2013 e a obra será concluída somente em 2017.

Na área da saúde, o prefeito quer construir três unidades de Pronto-Atendimento, além das cinco já existentes. A prefeitura também quer informatizar a rede de atendimento, com a marcação de consultas e prontuários dos pacientes, que deve começar a funcionar no final do ano que vem. “Também temos uma meta de ultrapassar os mil leitos de hospitais até 2014”, prevê o prefeito.

A partir de novembro, as 200 câmeras de monitoramento espalhadas pelas ruas da cidade serão comandadas por um centro integrado, que vai reunir 18 secretarias. A meta da prefeitura é instalar mais 100 câmeras, na cidade, o que vai incluir o monitoramento eletrônico dos principais parques e de todas as escolas públicas do município. Segundo o prefeito, os moradores não reclamam da falta de privacidade. “A população entende isso muito bem. As pessoas estão aceitando ser controladas. Elas querem segurança, hoje este é o bem maior”, explica.

Edição: Carolina Pimentel