Débora Zampier e Luana Lourenço
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Em todo o país, 1.172 pessoas foram detidas hoje (7) por crime eleitoral, a maioria por boca de urna. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o número de ocorrências chega a 2.565, registradas até as 14h10, mas nem todas levaram à detenção dos envolvidos.
Dos 1.172 detidos, 938 eram eleitores e 234 candidatos. O estado com maior número de registros é o Rio de Janeiro, onde 394 pessoas foram detidas – 72 candidatos e 322 eleitores. Em seguida, está Minas Gerais, com 35 candidatos e 112 eleitores detidos até as 14h10.
A maioria das prisões se deu por boca de urna e transporte ilegal de eleitores, segundo o TSE. Também há registro de pessoas detidas por divulgação de propaganda, corrupção eleitoral, fornecimento ilegal de alimentos a eleitores e uso de auto-falantes.
Os números, na avaliação da presidenta do TSE, Cármen Lúcia, estão dentro das expectativas e não comprometem o quadro geral de tranquilidade do pleito em todo o Brasil, mesmo no Rio de Janeiro, que registra o maior número de prisões.
“O número não é mais alto do que tem sido em outras ocasiões. E as prisões são esporádicas, que o próprio TRE [do Rio de Janeiro] vai explicar. O TSE administra as eleições, dá as diretrizes. Todo o suprimento, toda a parte de segurança, tudo isso foi entregue, tudo absolutamente normal. Se há prisões, são situações para permitir a regularidade do processo”, avaliou, em rápida entrevista no Centro de Divulgação, montado na sede do tribunal.
No Rio de Janeiro, o número de detidos superou a expectativa do TRE, lotou o Centro Povisório de Operações Eleitorais, montado no Maracanãzinho, e a Justiça Eleitoral decidiu encaminhar os presos por crimes eleitorais para delegacias da Polícia Civil da cidade.
Edição: Carolina Pimentel