Presos por boca de urna no Rio responderão a processo criminal

07/10/2012 - 18h40

Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Com a determinação do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) de “tolerância zero” com a propaganda boca de urna, 150 homens foram divididos em equipes para fiscalizar todo o município e região metropolitana.

De acordo com o juiz Eleitoral Murilo Kiling, responsável por uma das equipes, os fiscais estão nas ruas desde as 4h nos lugares onde há mais concentração de eleitores, “com o propósito de fiscalizar as propagandas irregulares e adotar todas as providências necessárias para garantir a tranquilidade do pleito.”

Os presos estão sendo levados para delegacias, onde lavram um termo circunstanciado, e depois seguem para o Centro de Detenção Provisório do Maracanãzinho. Segundo o juiz, os presos por fazer boca de urna serão liberados sem a necessidade de pagamento de fiança, mas terão que responder a um processo criminal eleitoral.

Kiling informou que registrou mais de 20 ocorrências de prisões, apenas com o grupo de fiscais que o acompanhava. “Lamentavelmente ocorreram as prisões porque as pessoas não respeitaram as expressas e públicas advertências de que o tribunal não iria tolerar propaganda de boca de urna.”

Apesar dos esforços, ele admite que é impossível coibir toda a propaganda de boca de urna feita na cidade.

“Pela grandeza de uma cidade como o Rio de Janeiro, muito grande, um colégio eleitoral muito expressivo, é difícil que o tribunal esteja presente em todos os pontos da cidade. Mas eu posso assegurar que esta eleição, ao contrário do que a gente constatou em várias outras, a propaganda de boca de urna foi quase inexistente.”

Edição: Carolina Pimentel