Certificação digital desburocratiza e oferece ganho a preço baixo, diz Fenacon

30/09/2012 - 14h05

Stênio Ribeiro*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A certificação digital - arquivo de computador que contém um conjunto de informações referentes à entidade para o qual o certificado foi emitido-, que atinge vários setores da economia nacional, é responsável pela desburocratização, pelo aumento de segurança do sistema e pela redução de gastos. A avaliação foi feita pelo diretor de Tecnologia e Negócios da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisa (Fenacon), Carlos Roberto Victorino.

“O sistema de certificação digital tende a crescer muito no país” disse Victorino. Ele ressaltou que a certificação digital garante mais proteção às transações online, como as trocas virtuais de documentos, mensagens e dados, com validade jurídica das assinaturas. Segundo Victorino, as ações asseguram ainda maior privacidade e a autenticidade das informações.

O sistema de certificação digital é utilizado, por exemplo, pela Caixa Econômica Federal na recepção de informações das empresas sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A operação passou a funcionar em 1º de julho por empresas com mais de dez empregados, por meio do certificado digital no padrão ICP-Brasil, que é a sigla para Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras.

Segundo dados da Caixa, 2,1 milhões de empresas de todo o país procuraram o portal Conectividade Social ICP. No entanto, há queixas sobre o custo para a obtenção de certificado. De acordo com Victorino, o custo médio é de R$ 215 por uma certificação com validade de três anos. Para ele, o valor “é muito baixo”, considerando os benefícios jurídicos obtidos.

Até junho de 2013, as empresas com menos de dez empregados devem se adequar ao Conectividade Social ICP da Caixa, passando a adotar o sistema de certificação digital. A tendência, segundo especialistas,é que aumente de forma considerável a realização de negócios fora do domicílio e a redução de gastos com viagens e operações no mercado financeiro.

Edição: Graça Adjuto

*Colaborou Renata Giraldi