Desenvolvimento sustentável promove inclusão em comunidades pacificadas do Rio

19/09/2012 - 14h51

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Moradores de comunidades carentes têm a oportunidade de participar de curso de capacitação em técnicas de plantio de mudas e de árvores, como parte do projeto Comunidades Verdes, da Secretaria Estadual do Ambiente (SEA) do Rio de Janeiro. As inscrições terminam na próxima segunda-feira (24).

O projeto será implantado em novembro, inicialmente em quatro comunidades pacificadas: Batan, em Bangu, na zona oeste; Fogueteiro, em Santa Teresa, no centro da cidade; Formiga, na Tijuca, zona norte; e Complexo do Alemão, que engloba os bairros de Bonsucesso, Ramos e Olaria, também na zona norte.

O Comunidades Verdes foi idealizado pela Superintendência de Território e Cidadania da secretaria, cuja meta é trabalhar a perspectiva de desenvolvimento sustentável nas comunidades pacificadas.

A seleção das primeiras comunidades a serem beneficiadas pelo projeto foi feita para incluir áreas de diferentes regiões da capital fluminense que tivessem disponibilidade de espaço para o plantio em escala. “A ideia é a geração de emprego e renda, a formação de uma cooperativa. É um empreendimento”, disse à Agência Brasil a titular da superintendência, Ingrid Gerolimich.

Segundo ela, o projeto piloto será implantado nas quatro comunidades, e depois poderá ser estendido a outros territórios pacificados, a partir de recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam) e de parcerias com empresas privadas e instituições públicas.

A superintendente explicou que a meta é aliar a geração de emprego e renda, por meio da capacitação técnica, à preservação ambiental. “Você tem um espaço para capacitação técnica das pessoas envolvidas no plantio de mudas e na produção ornamental. E a gente quer orientar também o escoamento dessa produção, fazer parceria com grandes redes de hotéis”. A secretaria pretende ensinar aos moradores todas as etapas do processo, desde a produção das mudas até a comercialização.

O projeto envolve ainda outras ações, entre as quais o trabalho de recobrimento vegetal e de melhora do microclima, além da formação de jardineiros comunitários que vão atuar na elaboração de projeto paisagístico para cada uma das comunidades atendidas. Ao mesmo tempo em que contribui para a geração de renda, o Comunidades Verdes inclui socialmente os moradores desses locais, salientou Ingrid Gerolimich.

A meta é plantar 34 milhões de árvores até 2016. O projeto Comunidades Verdes é desenvolvido pela Superintendência de Território e Cidadania em parceria com o Instituto de Estudos da Religião.

Edição: Juliana Andrade