Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Terminou há pouco a assembleia dos bancários do Distrito Federal na qual decidiram aderir à greve nacional da categoria, a partir de amanhã (18). Eles querem reajuste de 10,25% dos salários, mas a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço sindical dos banqueiros, ofereceu só 6%, que cobrem apenas a inflação dos últimos 12 meses, com sobra de 0,58% de ganho real.
Além da “oferta irrisória”, de acordo com o presidente do sindicato, Rodrigo Lopes Britto, os bancários reivindicam também piso salarial de R$ 2.416,38, maior participação nos lucros e resultados (PLR) dos bancos, criação de planos de cargos e salários, pagamento de auxílio-educação para graduação e pós-graduação. Querem, ainda, previdência complementar, auxílio-refeição de R$ 622, auxílio-creche, mais contratações e proteção contra demissões imotivadas, fim das metas operacionais abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.
A pauta é comum a trabalhadores de bancos públicos e privados, pois todos almejam melhores condições de trabalho e maiores ganhos. Mas os funcionários da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil têm pautas específicas. O pessoal do BB está focado na diminuição da jornada diária de trabalho para seis horas, sem redução de salário, enquanto os economiários da Caixa pregam a necessidade de elevar o quadro atual de 89 mil funcionários para 100 mil até o final do ano que vem, e a diretoria do banco estipulou 95 mil.
Para Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, 100 mil “é o número mínimo necessário para suprir as atuais carências, considerando-se ainda as 500 novas agências que o banco pretende abrir até fim de 2013”. Além disso, a carga de trabalho tem aumentado muito, segundo ele, por causa do cumprimento de demandas sociais que o governo atribui à Caixa e da política de redução dos juros.
Edição: Aécio Amado